Organizado pela Câmara Municipal da Moita entre 8 e 13 de Outubro de 2011 e dirigido aos professores e á comunidade da região da Moita este Encontro teve início no sábado dia 8 com um seminário onde foi apresentado o desenvolvimento de projectos nesta região, em áreas artísticas designadamente nos campos do cinema, música (percussão) e teatro a partir de protocolos estruturantes com associações que se dedicam á sensibilização para estas artes: Os Filhos de Lumière, Tocá Rufar e Teatro Extremo.
Cada uma das três entidades envolvidas apresentou o projecto de intervenção que está a realizar na região, sensibilizando, no caso do cinema para a importância crucial de descobrir o cinema e experimentar a matéria cinematográfica, uma das artes mais desconhecidas, não só pelos jovens mas também pelos adultos. A apresentação do trabalho final de um grupo de jovens desta região - O Pavão - e um pequeno making of - Filmando O Pavão - onde podíamos ver os alunos a preparar um plano e a filmar em equipa mostrou bem o que está em jogo.
Numa segunda fase os professores escolheram uma das três actividades artísticas para a perceber melhor através da sua experiência participando nas oficinas ministradas por cada uma das associações que intervêm neste projecto. No caso do cinema, foi o Filmar 06. Filmar é o nome que Os Filhos de Lumière dão as oficinas quando elas se dirigem a adultos. Depois da análise de uma cena de um filme do ponto de vista da criação, o
grupo responsável pela realização procurou uma ideia de
filme a realizar em 6 planos. Trabalharam a realização, a imagem, o som, o trabalho
de actor, e ainda, o que foi uma das grandes surpresas para todos: a
sintonia do trabalho de equipa na rodagem de um filme.
Os resultados destas três experiências foram apresentados no dia 13 de Outubro no Auditório da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita. Depois da apresentação do seu pequeno filme - O Livro - , seis dos 18 participantes nesta oficina falaram, em nome do grupo sobre o que foi esta sua descoberta do cinema a partir da sua própria experiência.
No final, o grupo de professores que experimentou as percussões com os Tocá Rufar, depois do relato da sua experiência, encheram o palco com os tambores e os seus sons e ritmos que emocionaram a plateia presente confirmando a importância fundamental desta actividade de iniciação ás artes junto das crianças mas também dos adultos que, em contacto permanente com elas, as podem ajudar a ver e a sentir o mundo.